terça-feira, 4 de março de 2014

O silêncio do barulho das coisas...

Aquela velha história de que o silêncio vale mais que mil palavras é a mais pura das verdades e digo isso por experiência e terapia própria! Nos momentos mais extremos das confusões que a vida nos coloca, a melhor das sessões terapêuticas que se pode encontrar é não dizer nada e tentar não pensar em nada... isso mesmo: nada! Inclusive não pensar que não se está pensando em nada. Confuso, né? Mas é exatamente isso, afinal, nestes momentos a gente geralmente já pensou e disse tudo o que podia e a solução é fazer o inverso para que as respostas é que cheguem naturalmente. 
Ouvir o barulho das coisas ao redor, sem sentido nenhum, sem concentração nenhuma, pode trazer a paz que seus 15 comprimidos diários de calmante não garantem. 
Confiar no silêncio do barulho das coisas, como ouvir o encher de um copo com água ou o ronco dos carros que passam na rua de frente à sua janela simplesmente deixando invadir pelo som, funciona mais ou menos como o silêncio usado no cinema para que, sem ouvir nada, a gente sinta o impacto das emoções e, assim, entenda em que momento estamos passando. Ninguém nunca se atenta para isso enquanto vê um filme pelo simples fato de que as tensões do silêncio nos envolvem tanto que o fato de se ver de repente em meio a um breu dos ouvidos torna-se menos importante diante do que se sente.
Assim, desligue essa TV aí e até mesmo o computador (claro que, depois de terminar de ler meu texto) e aventure-se em ouvir a quantidade de nada ao seu redor. Te garanto que muitas dessas soluções que você tanto precisa vão surgir ou, pelo menos, boa parte do barulho desnecessário dos seus pensamentos vão melhorar. Aliás, que fique claro que eu terminaria este texto com uma daquelas sacadas humorísticas de sempre se não estivesse parando agora para uma sessão intensa sobre o silêncio do barulho das coisas...

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